o fã de pop anda mais conservador (e chato)?
A capa de Man’s Best Friend causou alvoroço, mas o problema não é Sabrina Carpenter — é o pavor de mulher falando de sexo.
Oops, I didn't know I couldn't talk about sex… Na edição da Sonora desta semana, a gente fala sobre conservadorismo e sexualidade no pop e te convida pra descobrir um dos cantinhos mais curiosos do universo da Billboard: a Bubbling Under. Mas antes, vamos relembrar a era que pariu uma nova geração de artistas femininas no pop rock:
🗓️ O DIA DE HOJE NA MÚSICA
por Gabriel Sant’Ana
Antes de dominar o pop colorido e dançante dos anos 2010, Katy Perry mostrava uma veia pop rock em One of the Boys, seu álbum de estréia que completa 17 anos hoje. Era sua última chance de estrelato depois de ser dispensada por várias gravadoras sem nem conseguir lançar suas próprias músicas. Enquanto se via presa em contratos escrevendo para nomes como Kelly Clarkson, foi aos poucos dando forma ao disco que mudaria sua vida.
Com todas faixas assinadas pela própria Katy — de Thinking of You, composta sozinha, a hits como Hot n’ Cold e Waking Up in Vegas —, o disco é cheio de sarcasmo, confissões pessoais e refrões grudentos que a definiriam como artista.
A primeira música lançada foi Ur So Gay, que virou assunto antes mesmo de Katy ficar famosa, quando Madonna ligou para uma rádio pedindo para tocarem a faixa. Foi o empurrãozinho que faltava pra Katy ganhar um sinal verde da gravadora e entrar no radar da mídia. Meses depois, I Kissed a Girl estourou e o resto virou história.
One of the Boys é o retrato de uma época: letras irônicas que vão de amor e sexo ao desejo pela fama e pensamentos suicidas, embaladas por um som que soa como MySpace, franja de lado e delineador borrado. Mas também é o registro cru de uma compositora que já sabia exatamente o que queria cantar e como transformaria isso em sucesso. Dá o play enquanto lê a Sonora de hoje:
🔝 A PARADA MUSICAL ANTES DA PARADA
Bubbling Under, o limbo da música onde pode estar o próximo sucesso
por Evandro Lira
Na semana passada, a ótima música Man of the Year, da Lorde, fez sua estreia em uma parada bastante específica da Billboard: a Bubbling Under Hot 100. E se você nunca ouviu falar dela, não se preocupe. A maioria das pessoas também não.
Antes de te explicar o que isso significa, vale um contexto rápido sobre o universo das paradas musicais. A Billboard Hot 100 é, basicamente, o ranking dos maiores sucessos dos Estados Unidos. Mistura dados de streams, vendas e execuções nas rádios pra decidir as músicas mais bem sucedidas do momento. Aparecer nela é sinônimo de hit. Mas… e quem ainda não apareceu?
É aí que entra a Bubbling Under, uma espécie de antessala da Hot 100, onde vivem músicas que estão quase lá, flertando com o sucesso, mas que ainda não conseguiram entrar na sala VIP.
📈 O que é a Bubbling Under, afinal?
Criada em 1959, a Bubbling Under Hot 100 é uma lista semanal da Billboard que mostra as músicas que quase entraram na Hot 100, mas ainda não chegaram lá. Pense como uma continuação da parada principal: do #101 ao #125.
Essas faixas já têm certo volume de vendas, streaming e/ou airplay, mas ainda não o suficiente pra entrar na lista oficial. Ou seja: estão borbulhando (daí o nome).
A Bubbling Under teve seus altos e baixos. Começou com 15 posições, chegou a ter 36 nos anos 60 e foi pausada entre 1985 e 1992. Hoje, tem 25 posições fixas. E já abrigou de tudo: principalmente músicas daqueles artistas que se tornaram grandes hitmakers pouco tempo depois.
🫧 Quem passou por lá
Billie Eilish, por exemplo, passou 32 semanas com a música Bellyache na Bubbling Under antes de emplacar o hit Lovely, parceria com Khalid, na Hot 100 em 2018, anunciando o que seria uma carreira de sucesso, com um total de 44 músicas na parada principal até hoje, sendo 7 top 10.
Algo semelhante aconteceu com a cantora Halsey, que em 2016 estourou com sua parceria com The Chainsmokers e o smash hit Closer. Essa música, uma das mais tocadas daquele ano, ficou nada menos que 12 semanas no topo da Hot 100, mas um ano antes, quem estivesse prestando atenção na Bubbling Under, teria visto a estreia tímida de uma música chamada New Americana, seguida por outra, chamada Colors, todas singles de seu álbum de estreia BADLANDS.
Tem casos de artistas cuja a mesma música fez toda uma jornada na Bubbling Under antes de se consolidar na Hot 100. É o caso de Freestyle, do Lil Baby, que ficou 49 semanas na espera — a mais longa antes de finalmente chegar à Hot 100.
Alguns exemplos surpreendentes de músicas que deram um pulinho na Bubbling Under antes de se consolidar na Hot 100 são Just Dance de Lady Gaga, Formation de Beyoncé, Love Me Harder de Ariana Grande e The Weeknd, Shake it Off de Taylor Swift, 24K Magic de Bruno Mars, Gimme More de Britney Spears, Summertime Sadness de Lana Del Rey e muitas outras.
Artistas como o rapper YoungBoy Never Broke Again, fizeram da Bubbling Under praticamente uma residência: ele já emplacou mais de 100 músicas por lá (!).
🤔 Por que a Bubbling Under importa?
Vamos lá, charts são medidores de sucesso. Apenas isso. Apenas isso? Nem tanto. Eles nos ajudam a entender comportamento, tendência e consumo, e isso é importante.
No caso da Hot 100, estamos falando do consumo musical nos Estados Unidos, o maior mercado da indústria fonográfica e, muitas vezes, o epicentro de onde saem os hits que o mundo inteiro vai ouvir nos próximos meses.
Já a Bubbling Under funciona como um verdadeiro termômetro desse movimento. Ela mostra quem está prestes a romper a superfície, ou pelo menos, quem está na fila tentando.
Claro, nem sempre ela dita o sucesso ou o fracasso de uma música. Algumas faixas chegam ali e somem no limbo digital. Outras, viram febre sem nunca ter entrado em ranking nenhum. Isso porque hoje em dia o consumo acontece de várias formas, e os serviços de streaming, redes sociais e TikToks da vida nem sempre caminham lado a lado com as paradas tradicionais.
Mas se você curte observar a indústria de perto, descobrir artistas antes da massa e entender o que está se movimentando nos bastidores da música pop, vale a pena dar uma olhadinha na Bubbling de vez em quando. É lá que, muitas vezes, a história começa.
Em notícias relacionadas…
👑 Sabrina Carpenter, cujos sucessos Nonsense e Feather passaram algumas semanas na Bubbling Under, garantiu nesta semana sua primeira estreia no topo da parada Hot 100 da Billboard com Manchild — um marco para qualquer artista do norte do globo.
👱🏼♂️ Uma curiosidade revelada pela Billboard é que se trata do 19º single a chegar ao topo da Hot 100 com a palavra “man” (ou variações) no título. A lista de hits inclui clássicos como Man in the Mirror (Michael Jackson), When I Was Your Man (Bruno Mars) e Please Mr. Postman (em versões de Marvelettes e Carpenters).
👶 Além do “man”, Manchild é o 4º single a chegar ao #1 da Hot 100 com “child” no título, e o primeiro em 37 anos. Antes dela, só Sweet Child O’ Mine (Guns N’ Roses), Hot Child in the City (Nick Gilder) e Love Child (Diana Ross & The Supremes) tinham feito isso.
💬 SIM, TAMBÉM VAMOS FALAR SOBRE ISSO…
A capa do novo álbum da Sabrina Carpenter não tem nada demais
Se você é cronicamente online como todos nós desta newsletter, você provavelmente viu discussões sobre a capa de Man's Best Friend, o novo álbum de Sabrina Carpenter, durante a semana que passou.
Anunciado cerca de um ano depois do lançamento de Short n’Sweet — que, aliás, tem uma capa beeeeem feia — o novo disco de Sabrina traz, além do título que faz uma piada com o xingamento “cadela”, a cantora de quatro, usando um vestido mais comportado do que o esperado e tendo o cabelo puxado por um homem, em sua capa.
Chocante? Não. Mas, aparentemente, grande parte do mundinho de fãs de música pop se comportam como aquele tweet “tenho 17 anos e medo da Sabrina Carpenter quando ela está no palco”, feito para criticar a forma como a cantora “se sexualiza” no palco, e ficaram chocados com a foto.
Já que, cada vez mais temos fãs de cantoras pop agindo como se sexo fosse um grande problema e retrocedendo mais ou menos 100 anos nos avanços que foram feitos nas discussões sobre sexualidade feminina, hoje vocês vão ler um textão onde vamos falar sobre como não existe nada de errado na capa do novo disco de Sabrina Carpenter — e como a nova geração de fãs de música pop verem algo de errado naquilo é um grande problema.
💋 Primeiro, falemos de Sabrina
O primeiro ponto que temos que trazer aqui é sobre a marca Sabrina Carpenter. Desde emails i can't send, de 2022, temos uma cantora que tem construído a imagem de uma mulher que fala de sexo e não tem problema algum de fazer isso.
Desde suas letras diretas ou não tão diretas (I'll tell the world you finish your chores prematurely/Break my heart and I swear I'm movin' on), até sua persona meio Betty Boop meio Marilyn Monroe no palco, passando pelas posições virais nas lives de Juno e pelos clipes, photoshoots e entrevistas, a marca de Sabrina Carpenter é ser uma mulher sexual — notem: sexual, não sexualizada.
Ela, obviamente, não é uma estrela pop que teve que fazer a transição de garota inocente para mulher sexy pois perceberam que sexo vende e que pessoas querem transar com aquela cantora (a exemplo de Britney Spears, uma das muitas cantoras que foi forçada nessa transição) e, assim, foi sexualizada por sua gravadora, pela mídia e pelo público, mas sim uma artista que, conscientemente (e com todo um time de marketing e propaganda por trás), decidiu assumir essa persona.
O resultado é alguém que subverte as expectativas: por trás da figura pin up anos 50 sexy do palco, há uma mulher que, ao falar de sua sexualidade, também reclama sobre a mediocridade de homens com quem se relaciona. Na personagem feita para mulheres que Sabrina Carpenter assume, não há espaço para realizar fantasias masculinas, mas há espaço para criticar homens, reclamar sobre como são pretensiosos e incompetentes e, de forma cômica, matá-los com certa frequência em seus clipes.
O ponto é que: a capa de Man's Best Friend é só mais uma etapa de uma carreira que tem sido muito bem sucedida ao usar o sexo como marca e, por isso, se encaixa perfeitamente no que ela tem construído.
👵 Agora, falemos de mulheres no pop
A presença de sexo e de sexualidade na música pop é tão certa quanto a Sonora sendo enviada às terças ou Taylor Swift indicada ao Grammy ou a Anitta fazendo um álbum sobre versões dela: são raras as vezes em que isso não acontece. Afinal, se pudermos resumir a música pop em uma frase, essa frase é “Everything is sex/Except sex, which is power” (Screwed, da Janelle Monáe).
Ao puxarmos um fio lá do início do pop, tínhamos os Beatles colocando insinuações sexuais em suas músicas mais inocentes, Rolling Stones sendo um pouco mais explícitos no que cantavam, os homens do ABBA cantando sobre ficar com meninas mais novas em Does Your Mother Know, e muitos outros artistas de referência que podemos usar. Mas, note: nenhuma delas feminina.
Se pudermos colocar um marco inicial de quando a sexualidade feminina começou a ser falada na música foi com o surgimento de Madonna. Óbvio, existiram mulheres falando sobre antes e durante, mas, quando foi ela quem fez o assunto se tornar popular e tomar conta de discussões, artigos e estudos, explorando e exibindo a sexualidade feminina — e recebendo muitas críticas ao fazer isso.
Goste ou não, Madonna foi quem popularizou o olhar feminino sobre sexo na música pop e, com isso, ajudou não só a trazer o assunto para os holofotes, mas também fez com que milhões de mulheres vissem sua sexualidade de outra forma: como algo natural, não negativo, que precisa ser falado e discutido como forma de libertação feminina.
A partir daí, estrelas pop puderam passar pelas portas abertas por Madonna e falar sobre os mesmos temas em suas músicas. Lil’ Kim, Janet Jackson, Christina Aguilera, Britney Spears, Rihanna, Cardi B, Ariana Grande, Beyoncé, Adele, Miley Cyrus… Todas, de alguma forma, contribuíram para a construção da percepção de liberdade sexual feminina no pop ao adotar comportamentos subversivos para suas épocas, cantar sobre sexo abertamente ou mesmo fazer declarações sobre isso.
Portanto, não é surpresa alguma que uma diva pop da nova geração também siga por esse caminho — outro ponto do porquê a capa do novo disco de Sabrina Carpenter não é tão chocante para alguém que tem acompanhado a música pop desde suas origens.
🚫 Por último, o problema do conservadorismo
Ok, agora, o elefante na sala: sim, estamos lidando com uma geração cada vez mais conservadora. É muito curioso perceber isso: geralmente, uma nova geração procura sempre ser mais progressista e transgressora do que a anterior, ainda mais pelas novas referências, acessos e contatos que são levados até ela.
Mas aqui estamos: a misoginia voltou à moda, a discussão sobre termos direitos sob nossos próprios corpos saiu das pautas, a inteligência artificial está sendo usada para revenge porn, grupos de jovens que acredita que uma capa de disco é algo “baixo” demais, que uma mulher de 20 e tantos anos falando sobre sexo é assustador, etc, etc. Cada vez mais, parece que anos e anos de evoluções, discussões e impactos causados pela arte e pelas pessoas que sofreram para fazê-las estão sendo apagados em nome de costumes ultrapassados que não fazem mais sentido na era em que vivemos.
É curioso pensar no que vai ser de uma geração que pensa desta forma. Afinal, se pequenos atos como uma capa de disco de uma mulher famosa ou suas performances engraçadinhas são recebidos de forma tão negativa, o que será de quando mulheres anônimas precisarem discutir sobre sua sexualidade? Elas sofrerão com opiniões moralistas e críticas exageradas, como acontecia há décadas atrás?
Então, finalizamos esse texto com as palavras da própria Sabrina: “Essas são as músicas que vocês tornaram populares. Claramente vocês amam sexo: vocês são obcecados por isso.”
P.S.: Esse álbum tem que ter umas músicas realmente legais para fazer toda essa situação valer a pena. Manchild não é lá o momento mais brilhante da carreira dela (exceto pelo clipe, que é perfeito!).
🎵 O QUE VEM POR AÍ
Álbuns novíssimos das HAIM e Karol G, e sophomore álbum do Benson Boone
As meninas do HAIM lançam seu 4º álbum, I Quit, em 20 de junho. Com 15 faixas, incluindo os singles Relationships, Everybody’s Trying to Figure Me Out, Down to Be Wrong e Take Me Back, o disco traz produção de Danielle Haim e Rostam Batmanglij.
YUNGBLUD lança a primeira parte do álbum duplo Idols na sexta-feira. O disco conta com 12 faixas, incluindo os singles Zombie, Hello Heaven, Hello e Lovesick Lullaby.
Benson Boone apresenta seu segundo álbum American Heart no dia 20. O disco traz 10 faixas e nasceu a partir da música-título, que narra o acidente de carro que Benson e seu amigo de infância Eric sofreram na adolescência.
Com muita latinidade, Karol G lançará seu quinto álbum de estúdio, Tropicoqueta, no dia 20. Desenvolvido durante dois anos, o projeto nasceu de uma busca pelas raízes, reunindo samba, mambo e reggaeton. Para divulgar, ela lançou um trailer impecável com ícones das telenovelas mexicanas, como Anahí, Ninel Conde e Gabriela Spanic.
Keke Palmer lança Just Keke na sexta-feira, álbum visual de 18 faixas, que já tem os singles 125 Degrees e Off Script, lançados entre abril e maio. O projeto foi co-escrito com Tayla Parx, conhecida por trabalhos com Ariana Grande e Panic! at the Disco e Little Mix.
Por falar em Little Mix, JADE lança Plastic Box em 20 de junho como novo single de seu álbum That’s Showbiz Baby, previsto para setembro. A faixa segue as ótimas Angel of My Dreams (Best New da Sonora!), Midnight Cowboy e FUFN.
🎺 BEST NEW NOSTALGIA MODERNA
Mark Ronson e RAYE finalmente fazendo música juntos
Vocês se lembram do Mark Ronson? Não? Bem, nos anos 2000, ele era mais ou menos o que Jack Antonoff é hoje: um produtor legal com uma estética meio vintage, trabalhando com alguns dos artistas mais legais da época. Mark foi um dos responsáveis por Back to the Basics, da Christina Aguilera, trouxe músicas da Lily Allen ao mundo, trabalhou com Bruno Mars, mas, o que mais me fez ter carinho por ele, foi que ele produziu algumas das melhores faixas do Back to Black, da Amy Winehouse — uma das minhas cantoras favoritas.
E eu tenho certeza que vocês conhecem a RAYE: ela é uma das nossas grandes divas aqui na Sonora. Aos meus ouvidos, toda vez que ouço ela cantar, tenho a impressão de que estou ouvindo uma segunda vinda de Amy Winehouse à terra.
Por isso, a ideia de uma parceria entre os dois me deixava muitíssimo animada. E esse dia chegou: na última sexta, a dupla lançou Suzanne!
Suzanne chega para mim como uma versão remodelada de Valerie, uma música que sempre me lembra como é legal estar apaixonada. É uma feel good song, com uma letra bonitinha, aqueles solos deliciosos de instrumentos de sopro e a vibe Motown que poucas pessoas sabem emular bem.
Sim, o best new de hoje é algo totalmente motivado pela nostalgia e pela saudade, pela capacidade de fazer pop que Mark Ronson tem e pela lindíssima voz da RAYE. Mas, ei, o que seria do nosso amor por música sem os sentimentos que temos por ela?
Ouça Suzanne:
A gente não ia deixar passar…
Aproveitando o “assunto Sabrina Carpenter e sua capa polêmica", a Dazed listou 8 das capas mais controversas da história. Vale dar uma olhada.
Ainda sobre capas, o Grammy anunciou que vai ressuscitar a categoria de Melhor Capa de Álbum. O anúncio veio poucos dias depois da edição #69 da Sonora, que falava exatamente como as capas dos discos moldam nossas experiências com a música. Ai, como somos vanguardistas!!
Para promover o anúncio, o site do Grammy lançou uma lista de opinião com as 34 capas mais icônicas de álbuns, separadas por décadas desde os anos 60. Como a gente ama listas por aqui, não poderíamos deixar de compartilhar.
Além da nova categoria, o Grammy anunciou outras mudanças nas regras e categorias a partir de 2026. Agora, Melhor Artista Revelação vai permitir artistas que já apareceram em álbuns indicados, desde que tenham cantado menos de 20% do disco (sim, alguém fez essa conta). O country também se divide: teremos prêmios separados para álbuns tradicionais e contemporâneos – uma clara resposta à vitória de Beyoncé nas categorias de country na última edição do prêmio.
Semana triste para a música: perdemos Brian Wilson, do The Beach Boys, Sly Stone, do Sly & the Family Stone, e Bira Presidente, fundador do Fundo de Quintal.
Enquanto Trump organizava um desfile militar em seu aniversário, uma outra parada tomou as ruas dos EUA: o No Kings Day, um protesto contra os abusos do presidente, reuniu uma penca de famosos, incluindo nomes da música como Gracie Abrams, Amy Lee e Olivia Rodrigo.
Olivia também se manifestou publicamente sobre a questão dos imigrantes nos EUA, especialmente sobre as recentes ações do governo e as operações de deportação em Los Angeles. Outros artistas também foram a público falar sobre o assunto, incluindo Shakira, Tyler The Creator, FINNEAS, Billie Joe Armstrong, Sabrina Carpenter, Katy Perry, Kehlani, Reneé Rapp, Doechii, Addison Rae e Rebecca Black.
Pro pessoal do rock: Melissa Auf der Maur se reuniu com Billy Corgan para tocar The Everlasting Gaze, do Smashing Pumpkins! Billy está em turnê para comemorar os 25 anos do lançamento de Machina: The Machines Of God.
O filme Homem com H, biografia do ícone Ney Matogrosso, estreou hoje (17) na Netflix. Depois de dois meses em cartaz, rapidinho o filme desembarcou na plataforma e se você não conseguiu conferir nos cinemas, essa é a sua chance!
Depois do sucesso avassalador de Running Up That Hill, Kate Bush não anunciou uma música ou um álbum, mas sim… um filme. Isso mesmo, Kate Bush vai lançar seu próprio curta animado. Little Shrew é o novo projeto dirigido e roteirizado pela própria Kate, e conta a história de um musaranho pigmeu vagando por uma cidade em guerra. A estreia para o público será dia 24 nos cinemas britânicos, antes do longa From Hilde, With Love.
Notícias importantíssimas: segundo uma investigação do New York Times, o Papa Leão XIV é parente distante de Justin Bieber e Madonna, tudo graças a um ancestral canadense chamado Louis Boucher de Grandpre. O melhor de tudo é saber que o Vaticano já excomungou Madonna três vezes. Será que sendo prima distante do divo ela consegue o perdão?
Travis Kelce quer ser DJ de abertura dos futuros shows de Taylor Swift. Deve ser por isso que ela não anunciou nenhum álbum ou turnê ainda…
Amei a Sonora ditando tendências no Grammy!! E tô com muitas expectativas pelo novo álbum da Sabrina, espero não me decepcionar