🥈 os melhores álbuns de 2024 (2/3)
a segunda parte da nossa lista de discos que mais amamos aqui na Sonora em 2024
Boas vindas à nossa segunda parte da lista de melhores álbuns de 2024! Neste último dia do ano, você vai descobrir quais álbuns lançados em 2024 estão entre a 20ª e a 11ª posição da nossa lista. Relembre a parte 1.
Por aqui, você vai encontrar uma trilha sonora impecável, os álbuns de duas das maiores cantoras pop do ano e um ótimo disco de funk lançado depois de uma série de trabalhos irregulares.
Vem conferir:
Melhores Álbuns de 2024 da Sonora
20. Fabiana Palladino, de Fabiana Palladino
Por Evandro Lira
Fabiana Palladino entregou um dos álbuns mais cativantes do ano com seu disco homônimo, uma obra que abraça influências do passado mas cria algo notavelmente contemporâneo. O álbum é uma verdadeira aula de sofisticação, transitando entre o R&B, o pop oitentista e elementos de synthpop, enquanto aborda temas como solidão, arrependimento e desejo com uma profundidade lírica invejável. As melodias aqui são hipnotizantes, os vocais equilibram força e vulnerabilidade e a soma de tudo isso resulta em uma obra singular que solidifica Fabiana Palladino como uma das mais intrigantes e promissoras artistas da música pop atual. [E.L.]
Pontos altos: Can You Look in the Mirror? | Closer | I Can’t Dream Anymore | Ouça o álbum
19. Challengers Soundtrack, de Atticus Ross e Trent Reznor
Trent Reznor e Atticus Ross, do Nine Inch Nails, marcaram 2024 com a trilha sonora do filme Rivais. Em sua parceria com o diretor Luca Guadagnino, os compositores trouxeram à tona uma trilha que encapsula o clima de tensão, desejo e rivalidade do filme, utilizando um mix audacioso de techno pulsante, synthpop retrô e momentos de introspecção minimalista. As batidas eletrônicas, inspiradas no techno berlinense e no som das raves dos anos 90, se entrelaçam criando uma experiência sonora que é tão dinâmica quanto os personagens do filme. Mais do que um pano de fundo, a música de Reznor e Ross chama atenção e molda a forma como o público sente cada ponto, cada troca de olhares, e cada momento de manipulação e poder na trama. É definitivamente uma trilha que não sai da cabeça e que é fácil de se pegar ouvindo mesmo já tendo visto o filme há muitos meses. [E.L]
Pontos altos: Compress / Repress | Match Point | L’oeuf | Ouça o álbum
18. Na Miúda, de Augusta Barna
Por Gabriel Sant’Ana
Na Miúda, o segundo álbum de Augusta Barna, é uma fusão de neo soul e samba funk, com uma estética que remete aos anos 1970. Em 12 faixas, a produção de Dudu Amendoeira se destaca pela instrumentação orgânica, fazendo com que o ouvinte se sinta em um show particular de Augusta. O álbum é alto astral, capaz de alegrar o ambiente, e ao mesmo tempo 'chique' e classudo. As faixas abordam temas pessoais e sociais, com o vocal potente da cantora se encaixando perfeitamente à proposta e deixando claro sua profundidade artística. Na Miúda ajuda a posicionar Augusta como uma das vozes promissoras da nova geração da música brasileira - e deixa a expectativa de que ainda ouviremos muito dela. [G.S]
Pontos altos: Apesar de Agora | Não Ligo | Fatal | Ouça o álbum
17. Chromakopia, de Tyler, the Creator
Tyler, The Creator vem há anos experimentando e misturando gêneros em seus trabalhos, mas Chromakopia chega para mostrar que ele encontrou a fórmula definitiva de como fazer isso. Neste álbum que combina jazz, R&B e, claro, hip hop, Tyler, na persona de St. Chroma, explora suas ansiedades sobre envelhecer, paranoias, desejos, medos, relações e amizades enquanto reflete sobre os conselhos que recebeu de sua mãe ao longo da vida. É um trabalho nascido de uma crise dos 30 e poucos e que pode ser a forma de Tyler de lidar com ela. O mais interessante é como o álbum nos convida a nos conectar com essa fase inevitável — seja porque estamos nela, porque já passamos por ela, ou porque ainda vamos encará-la. Só que, ao contrário de Tyler, temos o privilégio de lidar com isso sem ser tão publicamente assim. [G.C.]
Pontos altos: Noid | Hey, Jane | I Hope You Find Your Way Home | Ouça o álbum
16. GRASA, de Nathy Peluso
Nathy Peluso é o tipo de artista que você nunca sabe o que esperar musicalmente, e este ano ela fez o improvável parecer fácil em GRASA. Após o aclamado CALAMBRE (2020), que aparentava ser o auge de sua carreira, ela volta com um disco conceitual, ousado e imprevisível que mistura rap, pop, salsa, R&B, música acústica e até funk brasileiro. Em canções que tocam em temas diversos, como romances, fama, críticas sociais e crises existenciais, sua versatilidade como intérprete, compositora e produtora se destaca, assumindo letra e produção em todas as faixas. Com este trabalho, Nathy Peluso mostrou que talento e criatividade são capazes de transformar o caos em arte. [G.S]
Pontos altos: IDEAS RADICALES | EL DÍA QUE PERDÍ MI JUVENTUD | APRENDER A AMAR | Ouça o álbum
15. Short n’ Sweet, de Sabrina Carpenter
Short n’ Sweet, o álbum de estreia de Sabrina Carpenter que não é bem um álbum de estreia, resgata aquele pop leve e despretensioso que amamos, com pitadas de outros gêneros. É um trabalho bem-humorado, que fala de romances fracassados, flertes com o próximo namorado, sexo e diversão, tudo embalado por letras simples e refrões chicletes. É o pop em sua essência: descomplicado e cheio de frescor, o que faz do disco um respiro necessário em um cenário onde o gênero tem se tornado cada vez mais introspectivo, niilista e melancólico. Sabrina vem e aposta no resgate do pop divertido. Obrigada por isso, Sabrina. [G.C.]
Pontos altos: Espresso | Bed Chem | Juno | Ouça o álbum
14. OS GAROTIN DE SÃO GONÇALO, de Os Garotin
Em seu álbum de estreia, Os Garotin de São Gonçalo, Anchietx, Leo Guima e Cupertino entregam um trabalho que passeia com habilidade por gêneros como soul, R&B, MPB e funk americano, criando um conjunto coeso de faixas que emanam um frescor bem-vindo na música brasileira contemporânea. Resgatando os grooves e refrões cheios de energia dos tradicionais bailes black dos anos 70, os artistas misturam letras suaves e apaixonantes com denúncias sem nunca perder o ritmo ou a leveza. Muito rapidamente fica claro que se depender da energia desse primeiro disco, Os Garotin estão só começando — e vão longe. [E.L]
Pontos altos: calor do momento | curva escura | desapega | Ouça o álbum
13. THE TORTURED POETS DEPARTMENT: THE ANTHOLOGY, de Taylor Swift
Para quem achava que Taylor Swift já havia se mostrado completamente despida de pudores, ressentimentos ou devastada por um amor fracassado, THE TORTURED POETS DEPARMENT, seu 11º álbum, vem para provar que é sempre possível ir ainda mais fundo. Aqui, sua escrita confessional atinge um novo ápice, mesmo quando ela decide revisitar a abordagem mais ficcional de folklore e evermore na versão estendida, THE ANTHOLOGY — a escolhida para nossa lista. Com o folkpop e o synthpop característico da artista, o disco se apoia em uma produção sofisticada e melancólica, cuidadosamente projetada para transitar entre o minimalismo melódico e o grandioso de maneira orgânica e envolvente. Cada faixa parece narrar uma história que captura não só o íntimo, mas também o universal, fazendo com que mesmo suas neuras e dores pessoais ressoem profundamente em quem ouve. É esse equilíbrio entre a vulnerabilidade e a universalidade do disco que reafirma o lugar de Taylor Swift como uma das narradoras mais poderosas da música contemporânea. [E.L]
Pontos altos: So Long, London | Who’s Afraid of Little Old Me? | The Prophecy | Ouça o álbum
12. VIVA HINDS, de Hinds
Hinds retorna com força total em VIVA HINDS, o quarto álbum da banda espanhola que, mesmo enfrentando desafios como a saída de integrantes e o caos da pandemia, conseguiu se reinventar criativamente. Carlotta Cosials e Ana García Perrote, agora atuando como dupla, entregaram um disco que é ao mesmo tempo despretensioso e refinado, misturando garage rock e dream pop com uma leveza que é imediatamente fácil de gostar. VIVA HINDS transita bem entre letras ácidas e momentos introspectivos, mantendo o frescor característico do grupo enquanto adiciona novas camadas de autenticidade. Entre as novidades, destacam-se faixas em espanhol e colaborações marcantes, como Beck e Grian Chatten, do Fontaines D.C. [E.L.]
Pontos altos: The Bed, The Room, The Rain and You | Superstar | Boom Boom Back | Ouça o álbum
11. Funk Generation, de Anitta
Após anos de lançamentos irregulares, Anitta surpreendeu positivamente com Funk Generation, o primeiro álbum sob o selo da Republic Records. Desde o single Funk Rave, lançado no ano passado, a expectativa era alta, especialmente por conta de projetos anteriores decepcionantes como Versions of Me e À Procura da Anitta Perfeita. Desta vez, ela entregou um trabalho sólido, que honra sua trajetória e relembra sua importância no mercado brasileiro. O projeto é coeso, com boas parcerias e uma produção madura. Aqui, Anitta não deixa de entregar potenciais hits e mostra que conceito e apelo comercial podem andar juntos. Sem pontos baixos evidentes, a cantora recupera o fôlego criativo que a destacou nos primeiros anos e reforça o porquê é um ícone pop. É a volta que seu público esperava: ousado, consistente, criativo e fiel às suas origens. [G.S]
Pontos altos: Aceita | Double Team | Savage Funk | Ouça o álbum
Na próxima terça, na primeira Sonora do ano, te contamos qual é nosso top 10 de álbuns lançados em 2024! Até lá!
a soundtrack de challengers é impecável, acertaram tanto nela