🥇 os melhores álbuns de 2024 (3/3)
e aqui está a parte final da nossa lista de discos favoritos de 2024!
Olá, boas vindas à nossa primeira edição de 2025! Hoje você vai encontrar a parte final da nossa lista de melhores álbuns de 2024. Relembre a parte 1 (de 30-21) e a parte 2 (de 20-11).
Talvez você já tenha um palpite sobre quem aparece por aqui, ou talvez esteja prestes a soltar um "como assim esse álbum não entrou?". Afinal, listas são feitas para debates, e é para isso que estamos aqui. Então, que tal nos seguir no X e no Instagram? Ou, se preferir, deixe sua opinião pelo Substack mesmo, vamos adorar saber o que você pensa!
Sem enrolação, bora direto ao ponto: aqui está o top 10 que fez de 2024 um grande ano para a música.
Melhores Álbuns de 2024 da Sonora
10. Imaginal Disk, de Magdalena Bay
Por Gabriel Sant’Ana
Em Imaginal Disk, Magdalena Bay criou um álbum inventivo e psicodélico misturando música industrial, synthpop e pop rock. Cada faixa, incluindo as interludes, tem um efeito hipnótico, transportando a gente para uma atmosfera quase onírica durante a audição. O disco é formado por sons orgânicos de baixo e bateria, enquanto os vocais de Mica Tenenbaum transitam habilmente entre boas melodias e passagens quase faladas. A produção do Matthew Lewin é tão rica que, mesmo após inúmeras vezes ouvindo, ainda é possível encontrar detalhes escondidos. Imaginal Disk tem um conceito forte e bem trabalhado, com transições bem feitas que constroem uma experiência contínua. A dupla acerta ao surfar na onda de nostalgia que está em alta, entregando um projeto com toques sutis dos anos 2000, mas uma sonoridade tão original que só poderia ser lançada em 2024.
Pontos altos: Love Is Everywhere | Tunnel Vision | That’s My Floor | Ouça o álbum
9. STARFACE, de Lava La Rue
Por Evandro Lira
Com STARFACE, a artista londrina Lava La Rue nos convida a uma audição quase que realmente de outro mundo. O álbum é ousado na produção, misturando grooves irresistíveis com texturas etéreas que se conectam perfeitamente à narrativa de uma alienígena explorando as complexidades das emoções humanas. Cada som é meticulosamente posicionado, criando uma jornada que, em alguns momentos, remete a Prince e, em outros, ecoa Tame Impala. Tudo isso de forma surpreendentemente coesa, desafiando rótulos e destacando, já em sua estreia, a habilidade de Lava La Rue como compositora e criadora de universos únicos.
Pontos altos: FLUORESCENT / Beyond Space | Better | Push N Shuv | Ouça o álbum
8. Tara e Tal, de Duda Beat
Para a concepção de Tara e Tal, Duda Beat e seus fiéis produtores Lux e Tróia combinam o drama romântico e agridoce de Sinto Muito e Te Amo Lá Fora com batidas dançantes e letras sensuais. O uso criativo de auto-tune e o mix de eletrônico, drum & bass, pagode e até heavy metal faz o disco remeter a todas fases de uma festa: começa com energia, transita pelo caos e termina na melancolia da “ressaca emocional”. Comparar trabalhos é algo natural ao analisar a trajetória de um artista, e Duda parece até brincar com isso. A conexão entre Tocar Você, última faixa de Te Amo Lá Fora, e DRAMA, faixa de abertura do novo álbum, soa como uma ponte entre as obras, tanto na construção lírica quanto na produção, e deixa a experiência ainda mais interessante. Neste projeto, Duda mostra que é uma das melhores compositoras brasileiras da geração, reinventando seu som enquanto mantém sua conhecida habilidade de traduzir sentimentos complexos em músicas bem construídas, fáceis de consumir e capazes de gerar identificação. E cá entre nós, é por isso que a amamos. [G.S.]
Pontos altos: DRAMA | q prazer | NA SUA CABEÇA | Ouça o álbum
7. NEM TUDO É AMOR, de Bruna Mendez
Em NEM TUDO É AMOR, terceiro álbum de Bruna Mendez, a artista goiana desafia expectativas ao navegar com naturalidade entre R&B, MPB, reggaeton e funk carioca. Desde a primeira faixa fica perceptível como suas letras confessionais e sinceras estabelecem uma conexão imediata com o ouvinte, enquanto os beats — deliciosos, por sinal — são cuidadosamente elaborados por Bruna e seus parceiros de produção Lucs Romero e Enzo DiCarlo, surpreendendo pela sofisticação e pela riqueza sonora. É um disco feito sob medida para ficar no repeat de quem já amou, se perdeu e tentou se encontrar. [E.L.]
Pontos altos: temporal | baby, não me liga | imenso mar | Ouça o álbum
6. Only God Was Above Us, de Vampire Weekend
Quando o Vampire Weekend surgiu, em 2008, eles faziam o tipo de música diferenciada que misturava gêneros que outras bandas da época não deviam nem saber que existiam. Cinco álbuns e alguns anos depois, eles continuam fazendo isso muito bem: em Only God Was Above Us, seu esperado novo disco, a banda de Ezra Koenig consegue misturar rock com jazz, eletrônica com pop e traz a melhor versão de sua maior habilidade, que é fazer músicas melódicas, sensíveis e honestas. Com menos complexidade tanto lírica quanto de gêneros do que seu antecessor, Father of the Bride, Only God Was Above Us é bem sucedido em fazer músicas que parecem familiares e trazem conforto desde a primeira vez ouvindo. É como um abraço ao fim de um dia cheio — que é exatamente o tipo de música que precisamos às vezes. [G.C.]
Pontos altos: Capricorn | Prep-School Gangsters | Hope | Ouça o álbum
5. Romance, de Fontaines D.C.
Romance é o quarto disco da banda irlandesa Fontaines D.C. e soa como uma reinvenção surpreendentemente fresh. O álbum expande ainda mais os horizontes do grupo, consolidando seu lugar como um dos nomes mais relevantes e intrigantes do rock alternativo atual. Com uma seleção concisa de faixas, Romance equilibra perfeitamente o épico e o pessoal, mesclando sintetizadores densos, cordas majestosas e guitarras grunge, tudo isso enquanto explora temas de vulnerabilidade emocional e autodescoberta com a profundidade lírica pela qual a banda é conhecida. É um trabalho que reafirma o Fontaines como aqueles caras que soam, ao mesmo tempo, estranhos e divinos. [E.L.]
Pontos altos: Favourite | Here’s The Thing | Starburster | Ouça o álbum
4. BRAT, de Charli xcx
Mais importante do que opinar sobre música no exato momento em que ela é lançada é opinar sobre ela com distanciamento do tempo. E pode ser meio cedo para revisitarmos o BRAT ainda, mas já é possível observar o impacto dele: de um dos discos mais esperados do ano, ele se transformou em um dos maiores fenômenos da cultura pop em anos. Porém, é preciso também analisar um disco pela música: aqui temos Charli xcx navegando entre muitos estágios de vulnerabilidade. Ao mesmo tempo em que ela se sente a mulher mais poderosa e invejada do mundo, quer ir em todas as festas e aproveitar tudo o que o mundo tem a lhe oferecer, ela também tem inseguranças, sente inveja e tem todos os medos que nós, de vinte ou trinta e tantos anos, temos. Por isso, BRAT é um dos álbuns mais importantes do ano: ele vai além do “ser um ótimo álbum pop” e se transformou num marco cultural ao ser uma das obras mais relacionáveis da década, capturando o zeitgeist de sua geração. [G.C.]
Pontos altos: Club Classics | Everything Is Romantic | 365 | Ouça o álbum
3. CAJU, de Liniker
O segundo álbum solo de Liniker é grandioso. Uma mistura de gêneros musicais que vai do samba à música eletrônica, CAJU nasceu de diários e sessões de terapia da cantora, foi gravado inteiramente de forma analógica, com orquestras em estúdio e trazendo parcerias de peso da música brasileira. O resultado é um dos maiores discos do ano: coerente, profundo e pessoal, belamente produzido, e que consolida Liniker como uma das maiores artistas brasileiras da atualidade. [G.C.]
Pontos altos: VELUDO MARROM | AO TEU LADO | ME AJUDE A SALVAR OS DOMINGOS | Ouça o álbum
2. HIT ME HARD AND SOFT, de Billie Eilish
HIT ME HARD AND SOFT, o álbum que põe um ponto final à sua trilogia coming of age, Billie Eilish expõe seu coração partido e suas reflexões sobre si mesma – sua sexualidade, inseguranças com o corpo, relações amorosas e tudo mais pelo que uma jovem de 22 anos pode passar. A diferença é que ela é mundialmente famosa, e tem que lidar com stalkers e fãs. Isso rende as letras mais vulneráveis, belas e até mesmo sombrias da carreira de Billie, embaladas por sua já conhecida melancolia – e pela ótima produção de seu irmão, FINNEAS – e nos faz ficar curiosos para os próximos passos já que, agora que sua adolescência termina, onde seus vinte e tantos anos vão levá-la? [G.C.]
Pontos altos: BIRDS OF A FEATHER | CHIHIRO | THE GREATEST | Ouça o álbum
1. COWBOY CARTER, de Beyoncé
Beyoncé lançou COWBOY CARTER em março de 2024 com um aviso: não era um álbum country. E, de fato, não é. Quase um ano depois, o disco se coloca como uma experiência musical completa. Com 27 faixas, a artista mistura country, pop, hip-hop, R&B e até funk brasileiro, com a assinatura do carioca DJ Mandrake. Esse segundo ato da trilogia iniciada com Renaissance (2022) e ainda sem um terceiro capítulo divulgado, mostra a música americana sob uma perspectiva negra. Enquanto Renaissance exaltou as raízes da música dance, COWBOY CARTER revisita o country com foco nas contribuições de pioneiros frequentemente apagados da narrativa. O álbum conecta gerações e estilos ao trazer parcerias que vão de Willie Nelson e Dolly Parton a Post Malone e Miley Cyrus, passando pela lendária Linda Martell e a sensação Shaboozey. Cada faixa é parte de uma transmissão fictícia de rádio que, com a ajuda de interludes, guia o ouvinte por uma jornada imersiva. Beyoncé transforma a história da música em arte para os nossos ouvidos e o resultado é mais um trabalho impecável. COWBOY CARTER prova, mais uma vez, que a cantora está sempre disposta a redefinir o conceito auge - e faz isso de forma brilhante. [G.S.]
Pontos altos: LEVII’S JEANS | BODYGUARD | II HANDS II HEAVEN | Ouça o álbum
hit me hard and soft barrado do #1 até no top de vcs 😭😭 kkkkkk